terça-feira, 10 de setembro de 2013

SHIATSU




A história do Shiatsu é profundamente ligada ao conhecimento e observação cuidadosa do comportamento do organismo humano e a história do Oriente. 
Etimologicamente, a palavra Shiatsu é um termo recente para designar "pressão com os dedos" ( shi = dedo e atsu = pressão).

O período mais importante do Shiatsu é entre o sec. E no século XVIII. XIX, o momento em que ele floresceu Kanpo no Japão.

No período Meiji (século XIX) acontece a modernização do Japão, com o advento de diferentes métodos de massagem ocidental e manipulação da coluna vertebral, que gradualmente foram incorporados em algumas escolas de Shiatsu .

Os dois movimentos mais expressivos no estabelecimento dos recursos da terapêutica Shiatsu foram representados por Soke Dr. Ryuho Okuyama (1901-1987 - fundador do Koho Igaku) e Tokujiro Namikoshi (1905-1994 - fundador da Escola de Shiatsu japonês).

No entanto, um não pode deixar de mencionar Shizuto Masunaga (1925-1981), que foi o fundador de outra escola de Shiatsu Modern, Zen Shiatsu, que é um estilo que dá ênfase ao trabalho nos meridianos. Seu aluno mais eminente é Wataru Ohashi, que por sua vez fundou a Ohashiatsu, uma escola popular no Ocidente.

A Escola Imperial de Medicina Koho já era conhecida em 1923, e da Escola Técnica de Shiatsu foi fundado alguns anos mais tarde, em 1940, para Otaiya.

Após 1955, com a imigração japonesa na Europa, América do Norte e América do Sul, o Shiatsu adquire grande aceitação popular e, como resultado, o reconhecimento formal.

Qi Qong



Qi Qong

Chi Kung ou Qi Gong é um termo de origem chinesa que se refere ao trabalho ou exercício de cultivo da energia. Estes exercícios tem a finalidade de estimular e promover uma melhor circulação de Chi (energia vital) no corpo.

A palavra Qi moderna era a combinação de dois ideogramas Wu e dian.
O ideograma Wu significa vazio, nada. O ideograma dian tem o mesmo significado que xiu.
O ideograma dian significa “a partícula que deu origem à matéria”. Em outras palavras, “Qi” significa que a origem das coisas é o nada.

O Qi Gong não foi criado por um único indivíduo e resulta de milhares de anos de experiências dos chineses no uso da energia para tratar doenças, promover a saúde e longevidade, melhorar as habilidades de luta, expandir a mente, alcançar diferentes níveis de consciência e desenvolver a espiritualidade. Apesar das diversas técnicas de Qi Gong terem se desenvolvido separadamente em diversos locais da China, em muitos casos se influenciaram mutuamente.

FITOTERAPIA CHINESA



A área da fitoterapia chinesa é frequentemente mal compreendida no Ocidente devido á escassez de material bibliográfico que trate o assunto com a profundidade necessária, tendo esta uma estrutura complexa não é raro depararmo-nos com erros básicos devido a uma má interpretação das suas regras gerais.

Uma fórmula fitoterápica chinesa poderá englobar seis ou mais plantas e cada uma delas com objectivos bem definidos, que vai desde impedir efeitos colaterais indesejados a encaminhar os agentes principais ao local da doença. Fitoterapia literalmente quer dizer, terapia através das plantas, é conhecida na China há cerca de três mil anos, época em que os livros eram escritos em pergaminhos, casco de tartaruga e seda. Mas a informação contida nesses registos mais antigos não fazem referência ás plantas, mas registam os nomes de doenças, orações e outros métodos para as curar.

Em 1973 a descoberta de 14 livros médicos clássicos em Chang-She, província de Hunan, trouxe alguns dados sobre o início da medicina herbária chinesa. Estas fontes mencionam 52 doenças 283 prescrições e 247 de plantas incluindo: alcaçus, scutellaria, atractylodes, cnidium e muitas outras ainda utilizadas actualmente. Muitos outros livros médicos clássicos, foram escritos antes da época de Cristo mas parece que só Shan Hai Ching sobreviveu. Escrito em duas partes, Shan Ching data de cerca de 250 a.C. e Hai Ching de 120 a.C. Ambos descrevem 250 plantas e animais, dos quais apenas 68 são usadas como medicinais 47 de origem animal e 21 de origem vegetal incluindo a canela, angélica, gambir, platycodon, peônia, jujuba etc.

De acordo com a lenda, após experimentar várias plantas, Shen Nung, o fundador da Medicina Herbária chinesa, escreveu o livro “Shen Nung Pen Tsao Ching”. O livro sobrevive numa cópia feita por Tao Hung – Ching por volta de 500 anos d.C. e relaciona 365 ervas.

Duzentos anos depois, Su Ching compilou “Hsin Hsiu Pen Tsao”, baseado no original Shen Nung Pen Tsao. Contendo 850 substâncias medicinais em 27 volumes, este livro, popularmente conhecido como Tang Pen Tsao, representa a farmacopeia mais antiga oficial no mundo. Em 739 d.C., Chen Chang-Chi da Dinastia Tang suplementou posteriormente o texto, chamando-o de Pen Tsao Shih. Durante a Dinastia Sung, Liu Han por ordem do Imperador, reviu as obras Hsin Hsiu Pen Tsao e Pen Tsao Shih, resultando dessa revisão a publicação do livro Kai Pao Pen Tsao em 973 d.C. que relacionava 984 ervas. Em 1057 coube a vez a Chang Yu-Shi rever Kai Pão Pen Tsao intitulando o seu trabalho de Chia Yu Pu Chu Pen Tsao contendo 1084 variedades de ervas. No ano 1098 d.C. um novo livro contendo 1744 tipos de ervas e ilustrações botânicas foi escrito por Tang Shen-Wei com o título “Chin Shih Cheng Lei Chi Pen Tsao”. Durante a Dinastia Ching, 71 autores publicaram 460 volumes sobre esta matéria sendo os mais peculiares Pen Tsao Kang um Shihi do autor Xhao Hsueh-ming, que mostrou-se tanto complicado como tedioso, sendo preferido pelos médicos chineses na época um outro livro, Pen Tsao Pei Yao de Wang Ang.

O governo chinês publicou um dicionário de drogas herbais chinesas abrangendo 5767 tipos de substâncias medicinais, ainda que na realidade na prática clínica só são usadas regularmente cerca de 300 ervas. É curioso que muitas das fórmulas utilizadas ainda hoje são as mesmas da Dinastia Han com pequenas alterações. Estas fórmulas magistrais encontradas nos livros em diversos idiomas são utilizadas e estudadas em quase todos os países. No Japão, desde 1950 que o Ministro da Saúde Japonês reconhece 148 dessas fórmulas como de utilidade pública.

DIETÉTICA CHINESA









A Cozinha chinesa e a Medicina Chinesa sempre estiveram muito relacionadas através dos tempos.

Cor, aroma e sabor não são os únicos princípios a serem seguidos na cozinha chinesa, os chineses têm uma crença tradicional no valor medicinal dos alimentos e que os alimentos e os remédios têm a mesma origem.

O intelectual Yi Yin da dinastia Shang (sec. XVI ao XI aC.) elaborou uma teoria a que chamou da “harmonia dos alimentos” em que ele relacionou os cinco sabores: doce, azedo, amargo, picante e salgado ás necessidades nutricionais dos cinco principais sistemas de órgãos do corpo (coração, fígado, Baço/Pâncreas, Pulmões e Rins) e enfatiza o seu papel na manutenção da boa saúde. Na realidade, muitas plantas utilizadas na cozinha chinesa tais como alho-poró, gengibre fresco, alho, botões secos de margaridas, cogumelos, têm propriedades de prevenção e alívio de várias doenças.

Os alimentos, na concepção da MTC, constituem um dos fatores mais importantes na conservação e na manutenção da saúde, a filosofia chinesa, baseada nas leis do Universo, da Natureza, das concepções da vida e da morte, da física, das ciências puras e biológicas, levam-nos até um conhecimento maior.

A partir da teoria da dualidade dinâmica do Yin e do Yang, do principio dos cinco movimentos, a Medicina Tradicional Chinesa reflete a integração do ser humano no meio ambiente e desta integração são os alimentos, tanto celestes (ar-oxigênio) quanto terrestres (alimento), que sofrem intensas alterações sazonais, topográficas, geográficas e climáticas. Estas duas formas de energia, a celeste e a terrestre, inerentes ao alimento quando ingerido, vão fazer parte do nosso corpo nutrindo, fortalecendo, reparando, harmonizando as nossas funções energéticas e fisiológicas, ou mesmo podendo trazer alterações do funcionamento dos tecidos.

A Medicina Tradicional Chinesa concede uma importância relevante ao alimento na constituição da forma física e do psíquico, a parte Yin á qual a energia Yang vai fixar-se, para promover toda a nossa dinâmica da mente e do corpo.

Adequar a alimentação e saber dos seus efeitos sobre o nosso corpo, é saber a maneira de se intervir nos casos do vazio ou plenitude dos órgãos e das vísceras, através desse conhecimento a MTC elaborou todo um procedimento para repor os gastos energéticos e da matéria, proporcionar a vitalidade e a longevidade celular, evitar os processos degenerativos, o envelhecimento precoce e principalmente o aparecimento de doenças graves.

Segundo a MTC alimentar-se bem não significa, necessariamente, comer do melhor, do mais caro, do importado, mas sim alimentar-se com os produtos que contenham a energia necessária para o corpo em determinado momento, energia essa que pode estar na vagem do feijão verde, no fígado da vaca, na casca de um fruto, etc.

De acordo com os dietistas chineses, a boa saúde depende da ingestão do Qi em grãos que nutre o Qi do estômago. Comer e beber indiscriminadamente danificam o baço e o estômago e altera o metabolismo predispondo a pessoa á doença. Por exemplo: o consumo de alimentos gordurosos causa umidade-calor, lesão gástrica, azia e acúmulo de fleuma no peito, que por sua vez causa outras doenças tais como furúnculo e abcessos.

Um excesso de alimento picante estimula o acúmulo de calor no trato gastrointestinal, causando perturbações estomacais e hemorróidas. O alimento excessivamente azedo danifica o órgão que lhe é correspondente mas também o baço, assim como o alimento excessivamente amargo, o fígado, e os alimentos excessivamente salgados o coração.

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas danifica o Qi e o sangue, causa alcoolismo, gangrena e doenças mental.

Segundo a dietética chinesa, os alimentos também possuem diferentes ações de acordo com os seus sabores. Por exemplo: os alimentos de natureza fresca ou fria incluem peras, laranjas, melancia, melão amargo, beringela, lentilhas verdes, coalho de feijão e bambu.

Os alimentos de natureza úmida são repolho, alho-porro, abóbora, gengibre fresco, vinagre e pimentão. Os alimentos suavemente mornos são a carne de frango e bovino, enquanto os alimentos quentes incluem vinho, carne de carneiro. Incluídos nos alimentos doces estão o milho, batatas-doces, ervilhas, jujuba, longana, trapa e feijão-verde. Os alimentos picantes são aipo, cebola e alho. As azeitonas são consideradas como azedas e as algas marinhas, salgadas. Sendo assim, para manter a saúde de uma pessoa, devem-se escolher os alimentos apropriados baseado na condição física individual.

A Medicina Chinesa ao ter entendido a interação dos alimentos com o corpo e as influências que as energias celeste e terrestre exercem sobre ele, elaborou os procedimentos para as pessoas usufruírem da melhor maneira o que a natureza oferece sem prejuízos para estas, e de maneira a que a natureza possa servir ao ser humano eternamente.

MEDICINA TRADICIONAL CHINESA






O que é a Medicina Tradicional Chinesa (MTC)?


A Medicina Tradicional Chinesa é uma medicina energética, ou seja, toma como base a existência de uma estrutura energética para além do corpo físico, e afirma que no nosso corpo a energia circula por canais que têm pontos específicos que, ao serem manipulados, reorganizam a circulação energética de todo o corpo. A doença, por sua vez, é sempre uma desorganização da energia funcional que controla e dinamiza os órgãos.

Este sistema beneficia de experimentação e aperfeiçoamento ininterrupto há vários milhares de anos: com ele se obtêm resultados mais rápidos e profundos em acupuntura. Sem ele, a acupuntura fica reduzida a uma prática empírica, sem história científica e de alcance muito mais limitado.

Toda a cultura chinesa assenta em duas teorias base: a teoria do yin/yang e a teoria dos cinco elementos. Toda a visão do mundo dos chineses nasce a partir destes dois princípios básicos. A medicina chinesa, como legado cultural chinês, aplica estes princípios à compreensão da natureza e do corpo humano, e a partir daí constrói o seu corpo de saber científico tradicional.

Largamente estudada e reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a MTC possui hoje, mesmo a nível Ocidental, um valor inegável. De tal modo que a própria OMS emitiu, já há alguns anos, uma lista em que reconhece a sua eficácia em patologias tais como:


bronquite, pneumonia, asma, rinite, sinusite, hipertensão arterial;
úlcera peptídica, disfunção biliar, diabetes mellitus, acne, dermatite, reumatismo;
má posição fetal, hemorróidas, celulite, obesidade, insónias, obstipação, alcoolismo, dores articulares, prostatite, incontinência urinária e fecal;
enurese, síndrome de ménierre, ciática, nevralgia do trigémio, polinefrite, cefaleias, depressão, neuroses psíquicas, torcicolite, tenossinovite, tabagismo;
gripe, tosse, tonturas e vertigens, tinitus (zumbidos), angina de peito, otites, impotência sexual, problemas menstruais, síndrome menopausica e patologias da mama.